Bombeiros admite que estrutura não é ideal para atender a região

Bombeiros tiveram bastante trabalho para conter as chamas na Agecold – Foto: Adriano Moretto

 

Thalyta Andrade

O comandante do 2º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Dourados, Coronel Joilson Alves do Amaral, admitiu hoje (19) pela manhã, que a estrutura de atendimento disponibilizada, que é responsável pelas ocorrências de oito municípios e 11 distritos da região, não é a ideal. O grupamento conta hoje com três caminhões de combate a incêndio, duas unidades de resgate e uma caminhonete de autoatendimento para a demanda de todas as áreas.

O Dourados News procurou o comandante depois que um incêndio na sede da Agecold (Associação dos Agentes Ecológicos de Dourados), registrado na sexta-feira, 16, destruiu pelo menos 15 toneladas de materiais recicláveis. A ocorrência, por pouco não terminou em tragédia.

Um único caminhão de combate a incêndio do grupamento, com capacidade para dois mil litros de água, foi utilizado por três militares para conter as chamas, que caso tivessem se espalhado pela sede, onde estavam pelo menos 30 pessoas e toneladas de outros materiais, poderiam ter deixado um rastro maior de destruição. Nesta ação, houve apoio ainda de dois caminhões pipa da prefeitura.

No mesmo momento, o principal caminhão disponível, de cinco mil litros, havia sido enviado para combater a um chamado de incêndio num silo, no município de Maracaju, 90 quilômetros distente. Questionado se, caso houvesse mais registros simultâneos, por exemplo, em Dourados, haveria estrutura para atender a demanda, o comandante foi claro.

“Nenhum grupamento do Brasil está livre do surgimento inesperado de uma demanda grande de ocorrências simultâneas, mas isso não é algo recorrente nem comum. No caso de sexta-feira, a estrutura que enviamos a Maracaju e a sede da Agecold, foram suficientes para o controle do fogo. Mas é claro que, caso houvesse uma necessidade maior, teríamos que buscar possibilidades para o controle, como a parceria com a prefeitura e também com as usinas por meio dos carros pipa”, explicou Amaral.

Ainda conforme o militar, outro veículo, de 20 mil litros estava no quartel como prontidão, caso fosse necessário a sua utilização durante o fogo. “Não é ideal [a estrutura], mas conseguimos atender dentro das possibilidades naturais”, contou.

O comandante destacou ainda que o trabalho tem sido intenso porque neste período do ano aumentam os números de registros de focos de incêndio por conta do clima seco, e ausência de ocorrência de chuva, e que os números de 2013 já superam 2012.

“Este ano, se comparado ao mesmo período de 2012, o número de ocorrências está bem maior, a cada hora recebemos várias ligações sobre focos, então o nosso trabalho de filtragem na prioridade de atendimento é bastante criterioso. Não temos falta de caminhão, mas esses só são enviados em casos que entrem nos três principais critérios que são: risco a vida, risco aos bens, e risco ao meio ambiente”, finalizou Amaral.

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