Candidato corre risco de perder a quitação eleitoral se não prestar contas até sábado

Aberto desde a última segunda-feira (28), o prazo para que os candidatos apresentem a primeira parcial da prestação de contas de campanha no TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) termina no próximo sábado (2).

Para cumprir o prazo fixado pela Justiça Eleitoral, a correria é grande principalmente no comando de campanha dos seis candidatos ao governo do Estado – Delcídio do Amaral (PT), Nelsinho Trad (PMDB), Reinaldo Azambuja (PSDB), Sidney Melo (PSOL), Professor Monge (PSTU) e Evander Vendramini (PP).

Os partidos e candidatos precisam prestar contas à Justiça Eleitoral de todos os recursos arrecadados para a campanha eleitoral, além de todos os gastos realizados.

Se for o caso, eles devem apresentar as sobras de campanha, que terão destinação específica.     É por intermédio da prestação de contas de campanha que a Justiça Eleitoral tem como verificar se os partidos e candidatos realizaram gastos ilícitos ou captaram recursos de fontes vedadas.

Se eleito, o candidato que não prestar contas de campanha não pode ser diplomado enquanto perdurar a omissão. Independentemente de ser eleito, o candidato que não cumprir a lei perde a quitação eleitoral

Ao todo, participam da campanha eleitoral deste ano 552 candidatos, conforme pedidos de registro de candidaturas no TRE/MS, sendo 6 a governador e vice; 6 a senador, com 2 suplentes cada; 126 para deputado federal; e 396 a deputado estadual.

Esse número, no entanto, deve ser alterado a partir do indeferimento de algumas candidaturas por eventuais irregularidades e de pedido de desistência a ser protocolado no TRE/MS.

Pelo menos 10 dos 552 candidatos registrados no TRE para concorrer às eleições de outubro deste ano exerceram cargos nos poderes executivos municipais em Mato Grosso do Sul.

Fora do poder desde que deixaram seus cargos, a maioria desses ex-prefeitos resolveu tentar agora uma vaga no Poder Legislativo – Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e Senado.

Somente um deles está em campanha rumo à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB), que é o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad.

Estão em campanha na tentativa de ocupar uma das 24 cadeiras da Assembleia os ex-prefeitos de Amambai, Dirceu Lanzarini (PR); de Ivinhema, Renato Câmara (PMDB);  de Sidrolândia, Daltro Fiúza (PMDB); de Terenos, Beto Pereira (PDT); e de Corumbá, Ruiter Cunha (PT).

Flávio Kayatt (PSDB), de Ponta Porã, ainda aguarda decisão judicial, uma vez que teve seu pedido de registro de candidatura indeferido e recorreu.

Dos que exerceram mandato em prefeituras na gestão passada, apenas Flávio Kayatt tem experiência no legislativo, uma vez que foi deputado estadual antes de administrar Ponta Porã.

Além dos candidatos, partidos políticos e comitês financeiros têm até esta data para entregar a primeira parcial que deve conter a discriminação dos recursos ou estimáveis em dinheiro para financiamento da campanha eleitoral e gastos que realizaram, assim como detalhar doadores e fornecedores.

A divulgação dos dados deve ocorrer no dia 6 de agosto.

Se os candidatos ou partidos não encaminharem as prestações de contas parciais, a Justiça Eleitoral vai divulgar os saldos financeiros, a débito e crédito, dos extratos bancários enviados pelas instituições financeiras.

A segunda parcial, ainda conforme o TRE, deverá ser apresentada de 28 de agosto a 2 de setembro.

BAIXA

Em plena campanha, os três principais candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul já sofreram baixas em suas coligações por conta de desistências. O primeiro foi Reinaldo Azambuja, que ficou sem a deputada estadual Dione Hashioka (PSDB) em sue palanque.

Dione abandonou a ideia de reeleição alegando que não poderia ficar de um lado e o seu marido, prefeito de Nova Andradina, Roberto Hashioka (PMDB), de outro.  Embora seja peemedebista, o prefeito apoia Delcídio para o governo.

Mais tarde, o tucano ficou sem a ex-vereadora de Campo Grande, Tereza Name (PSD), irmã do presidente da Assembleia, Jerson Domingos (PMDB), que deixou de ser candidata a deputada para não atrapalhar os planos do cunhado, Pedro Chaves, suplente de senador de Delcídio.

Nelsinho Trad sofreu baixa em sua coligação, a partir da renúncia da candidatura do vereador Vanderley Cabeludo (PMDB) à Assembleia. Além de abandonar o palanque, o peemedebista saiu atirando contra o correligionário, alegando principalmente falta de estrutura dentro da coligação para fazer campanha.

Embora em menor proporção, Delcídio também perdeu três candidatos a deputado estadual – Thamara Liege Conceição da Silva (PT), Luiz Carlos Bonelli (PT) e Lazaro de Souza (PDT), que renunciaram suas candidaturas na última segunda-feira (28).

Divulgação

Reinaldo, candidato do PSDB ao governo de MS

 

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Nelsinho, candidato do PMDB

 

 

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Delcídio durante corpo a corpo

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