De negócio próprio à promoção no trabalho, alunos do Senai de Dourados comemoram sucesso no mercado

Daniel Pedra

A partir desta segunda-feira (13/02), a Unicom (Unidade de Comunicação e Marketing) do Sistema Fiems vai publicar uma série de reportagens sobre o Senai em Mato Grosso do Sul. A primeira matéria da série “Senai Faz a Diferença” trata sobre como os cursos de educação profissional contribuíram para transformar a realidade de muitos alunos que passaram pela unidade de Dourados, confira abaixo:

A paixão de Alisson Saucedo Xavier sempre foram os automóveis. De brincar de carrinho na infância, passando pelo hobby de consertar motores na adolescência. A coisa ficou séria quando, aos 20 anos de idade, ele resolveu fazer um curso técnico em manutenção automotiva no Senai de Dourados.

Dois anos depois, com um diploma de nível técnico em mãos, a paixão se transformou em uma carreira profissional e sustento de Alisson e da esposa, Thaís. Hoje, como vendedor de uma concessionária de veículos de Dourados, ele sonha mais alto e planeja abrir uma oficina mecânica.

“Nunca pensei em ser empresário, ter minha própria oficina, mas quando tivemos a disciplina de Desenvolvimento de Projetos, nunca me esqueci dessas aulas porque foram elas que me fizeram ter vontade de começar a planejar ter um negócio próprio”, recordou Alisson.

Ele acrescenta que as aulas lhe fizeram perceber que existe uma demanda muito grande em Dourados por oficinas mecânicas em virtude do tamanho da frota de automóveis. “Na região onde moro, por exemplo, que é a mais nova da cidade, não existe nenhuma oficina de manutenção que seja realmente profissionalizada, com um funcionário qualificado, as que existem são bastante informais”, contou, informando que já estuda onde comprar um terreno para instalar a oficina e formar uma sociedade com o irmão, que também trabalha na área automotiva, com polimento cristalizado.

Enquanto o próprio negócio não sai, Alisson conta que o curso de manutenção automotiva feito no Senai de Dourados é parte fundamental para a atuação como vendedor. “Como também vendemos peças, meu conhecimento técnico ajuda muito nas vendas, para conseguir explicar melhor para o meu cliente a qualidade, as especificações do que ele está adquirindo”, acrescentou.

“Ter feito o curso no Senai ampliou o meu conhecimento. Com 22 anos tenho um emprego muito bom, que talvez não teria se não tivesse a qualificação, um curso técnico no meu currículo. Levei o curso muito a sério, aproveitei cada palestra, cada vez que o Senai levou empresas parceiras para me inspirar no que era falado e, conto nos dedos as quatro vezes que precisei faltar nas aulas, então, recomendo o Senai para quem quer uma carreira profissional e leva o futuro a sério”, disse Alisson.

Oportunidade

Jovem, aos 17 anos Paulo Vítor Pinheiro Neves escolheu seguir os passos do pai eletricista e se matricular no curso técnico em eletrotécnica do Senai de Dourados e para abrir as portas do mercado de trabalho. “Meu pai sustentou eu meus três irmãos como eletricista e sempre me disse que era uma profissão muito boa, mas que as coisas não eram mais como no tempo dele e que para alguém contratar um guri novo, que ainda nem tinha concluído o ensino médio, sem experiência, eu tinha que fazer um curso. Foi por causa dos conselhos dele e da minha irmã mais velha, que já tinha feito dois cursos no Senai e até hoje trabalha graças a eles, que resolvi me matricular”, contou, lembrando sobre como a busca pelo primeiro emprego o levou a fazer um curso no Senai de Dourados.

Nos três últimos meses do curso Paulo começou a estagiar em uma indústria de instalações elétricas da cidade e, com o diploma nas mãos e o Ensino Médio concluído, foi contratado. “Assim que me formei a empresa assinou minha carteira e é onde trabalho até hoje. A sensação de ter um bom emprego, que tem benefícios, sei que só foi possível porque eu fui buscar qualificação e ainda quero me aprimorar mais”, afirmou.

Quem ainda faz um curso no Senai de Dourados, aposta que as portas do mercado de trabalho se abrirão. Fernanda Pereira, 28 anos, trabalha no setor de pesagem de uma indústria de celulose da cidade e, ao concluir o curso técnico em química, em outubro do ano passado, espera conseguir uma vaga no laboratório da empresa.

“Estou grávida de três meses e, no laboratório, meu salário vai ser o dobro. Já tenho experiência na área, mas era uma empresa pequena e, agora, que fui para uma multinacional, eles exigem qualificação, então procurei o Senai”, contou Fernanda.

“Estou curtindo muito esse momento da minha vida, o Senai é bem equipado, tem as vidrarias, todos os reagentes, parece um laboratório de verdade. E a nossa coordenadora, a Kelly Oliveira, é uma pessoa que nunca vou esquecer, porque ela também nunca esquece da gente, sempre que viaja para uma empresa lembra de avisar os alunos se tem um emprego, dá uma atenção muito grande para nós”, reforçou a ex-aluna.