Dengue: Prefeitura deixou de notificar terrenos baldios por 3 meses durante 2012

 

Os terrenos baldios de Campo Grande deixaram de ser notificados por três meses de 2012, ainda durante a administração passada. Nenhuma notificação foi emitida pela Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) entre o início de agosto de 2012 e o início de novembro, segundo dados da Divisão de Fiscalização de Áreas Verdes e Posturas Ambientais da pasta.

A Semadur, com novo comando em 2013, não sabe dizer o motivo de não haver uma única notificação emitida no período, mas entende que o fato potencializou o perigo de uma epidemia de dengue, que acabou realmente ocorrendo entre o fim de 2012 e o início deste ano.

A informação foi levantada pela equipe técnica da Semadur. “Os dados estão no próprio sistema, no IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia da Informação). Entre o início de agosto e novembro não foi emitida nenhuma notificação para donos de terrenos baldios”, afirmou Maria Luiza Rolim, chefe da Divisão de Fiscalização de Áreas Verdes e Posturas Ambientais.

Somente entre janeiro e março deste ano foram emitidas aproximadamente 7 mil notificações, contra 6.524 em todo o ano de 2012.

“Não posso afirmar o que aconteceu o ano passado, mas sabemos que não foram emitidas notificações em três meses do segundo semestre”, afirmou Odimar Luis Marcon, secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano.

Ainda segundo o secretário, a falta de notificações “potencializou” o risco de epidemia de dengue, além de ter deixado a cidade mais suja.

Ações

No início de trabalho na Semadur, Marcon destacou que a pasta está buscando, no quesito meio ambiente, a conscientização do campo-grandense. “A notificação é o primeiro passo, 60% dos donos de terrenos baldios resolvem a situação”, afirmou.

Ainda segundo o secretário, o resultado do trabalho será visto conforme os proprietários forem se dando conta da importância de limpar os terrenos, que impede a proliferação do aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.

“É um trabalho contínuo, um proprietário é notificado em um ano, no outro já cuida melhor do seu terreno, e vai melhorando a cidade como um todo”, frisou Maria Luiza.

 

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