Donos se reúnem para celebrar Dia do Fusca e dividir histórias vividas a bordo desta paixão

Beges, azuis, brancos, amarelos e bicolores. As fileiras de fuscas trouxeram mais cor e chamaram a atenção de quem passava pela Avenida Afonso Pena, na manhã deste domingo (19). Mais do que o estilo retrô e as cores diversas, o carro, que já foi o mais vendido do mundo, guarda histórias e muita paixão dos proprietários campo-grandenses.

 

O motivo do encontro dos proprietários de fusca é a 4º Fusqueada, organizada pela Confraria dos Apaixonados por Fuscas e Derivados de Mato Grosso do Sul. O evento é para comemorar o Dia Nacional do Fusca, celebrado nesta segunda-feira (20).

 

De acordo com Odaylson Correa Rezende, 40 anos, um dos organizadores do evento, a entidade existe há dois anos. Na ocasião, quatro proprietários resolveram se reunir com regularidade para compartilhar esta paixão. Atualmente, são mãos de 150 proprietários cadastrados na entidade, que possuem todos os modelos existentes do fusca.

 

Conforme o organizador, não há um perfil definido para os proprietários deste tipo de veículo. “A única coisa idêntica (entre os proprietários) é a paixão. Temos profissionais de diversas áreas, que variam de idade e sexo”, afirma.

O bagageiro pequeno, o barulho alto do motor e a dificuldade de encontrar peças originais poderiam ser considerados empecilhos para os proprietários do fusca. Mas a relação com o veículo acaba ficando no campo mais sentimental do que prático. “Quando você quer ter um carro, só pode ter um fusca. Mas depois que pode ter outro, já está apaixonado”, afirma o engenheiro civil, Osmar Costa Vieira, 61 anos.

 

O engenheiro teve seu primeiro fusca em 1971, aos 18 anos. Depois deste, já passaram cinco por sua garagem. Usados para levar a mulher para passear e as filhas ao colégio, nos dias de hoje, o modelo 1300 básico,  amarelo claro, fica mais na garagem. “Sou eu mesmo que arrumo e troco as peças. É um xodó”, afirma.

 

O modelo mais antigo do evento pertence ao casal Mara Teodoro, 49 anos, e Carlos Pereira, 53 anos. O fusca bicolor, ano 60, foi encontrado há cinco anos, na cidade de Maracaju, distante 162 quilômetros de Campo Grande, e, apesar de estar bem danificado, aguentou chegar à Capital. “Fomos todos para lá buscá-lo e trouxemos ele rodando”, afirma Mara.

 

Nas mãos da dona de casa e do corretor de imóveis, o fusca ganhou peças originais e os cuidados semelhantes aos dados a um filho. “Ele ficou lindo. Quando viajamos o pessoal buzina, pede para a gente parar para eles verem”, relata.

 

O encontro dos proprietários do veículo também é realizado no Dia Mundial do Fusca, comemorado no dia 22 de junho. Além deste, a Confraria prevê para este ano a realização do 1º Encontro Estadual de Fuscas.

 

Luiz Alberto

 

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