Dourados já teve assassino em série nos anos 1990

Adriano Moretto

Em meio à preocupação da população e o esforço dos organismos de segurança do Brasil e do Paraguai para encontrar Dhionatan Celestrino, 20, que fugiu da Unei (Unidade Educacional de Internação) Mitaí, em Ponta Porã, na madrugada de domingo (3), o Dourados News  relembra a história de outro homicida, que marcou as noticias policiais no final da década de 1990, desta vez em Dourados.

Paulo Sérgio de Oliveira, conhecido como ‘Careca, o matador de travestis’, assustou a população do meio entre 1997 e 1998. Ele teria assassinado sete homossexuais no município e outros 30 na capital de São Paulo.

Em março do ano passado, o acusado, que deveria cumprir pena máxima – 30 anos – na Phac (Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorim Costa), morreu em decorrência de Aids, que segundo ele, adquiriu ao manter relações sexuais com travestis.

Apesar do tempo máximo estipulado pela Justiça brasileira, só em Dourados, sua condenação era de pelo menos 68 anos no regime fechado e teria cumprido 14. Paulo Sérgio estava preso desde 1998.

Durante entrevista ao Dourados News em 2001, o advogado criminalista Isaac Duarte de Barros Júnior, explicou que Careca sentia ódio de travestis, embora não escondesse que mantinha relações homossexuais e que contraiu a doença de um deles.

Antes da morte de Oliveira, o advogado tentou sua liberdade, alegando que precisava de cuidados especiais por conta do vírus.

Maníaco da Cruz

Apesar de não sentir o ódio pelas pessoas, Dhionatan Celestrino, o Maníaco da Cruz, escolhia e classificava as vítimas conforme o próprio julgamento. Foi assim com a primeira, o pedreiro Catalino Gardena.

Ele era alcoólatra e foi deixado jogado em uma construção. Em seu peito foi escrito INRI, que traduzido do latim para o português significa Jesus de Nazareno Rei dos Judeus.

A segunda vítima foi a homossexual Letícia Neves de Oliveira. Em 24 de agosto ela foi encontrada morta em um túmulo do cemitério do município. O que chamou a atenção é que ela foi deixada em ‘formato de cruz’.

O terceiro homicídio foi contra uma adolescente de 13 anos, onde após executar o crime, Dhionatan deixou um bilhete próximo ao seu corpo com vários desenhos em formato de cruz e letras soltas que formavam a palavra ‘inferno’.

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