Escola indígena de Dourados conquista premiação nacional da Embrapa

O desejo de ensinar de forma interativa e lúdica, por meio da implantação e manejo de uma horta escolar interdisciplinar, aliada a perseverança de uma professora, a força de vontade dos alunos, a criatividade dos diretores e professores, apoio de alguns pais e parceiros externos, fez com que a Escola Municipal Indígena Tengatuí Marangatú, fosse a vencedora nacional do prêmio Menção Honrosa da Ação Educativa da Embrapa.

 

A Escola Tengatuí Marangatú, foi campeã da etapa local e nacional, por meio do projeto intitulado “Horta como recurso Didático e interdisciplinar na Escola Municipal Indígena Tengatuí Marangatú”, que envolveu cerca de 60 alunos. A atividade possibilitou um envolvimento dos alunos, professores e comunidade indígena local numa ação multidisciplinar, pedagógica, agroecológica e sustentável. 

 

“O trabalho desenvolvido, relacionado a linha temática de plantio direto, foi excelente, demonstrando como o conhecimento gerado pela pesquisa agropecuária pode ser aplicado ao cotidiano das comunidades rurais e tradicionais, e pode promover impactos positivos diretos tanto na escola quanto nas famílias, além de  valorizar elementos culturais importantes para as comunidades indígenas envolvidas”, salientou o Chefe Geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Guilherme Lafourcade Asmus.

 

A Escola Municipal Indígena Tengatuí Marangatú será premiada com um Kit Minibiblioteca da Embrapa e 100 kits escolares, alusivos aos 40 anos da Embrapa, contendo mochila ecológica, estojo, caderno, agenda e mouse pad. Além disso, vai ganhar uma viagem para a professora coordenadora do projeto e um(a) aluno(a), para participar da solenidade do 41º aniversário da Embrapa, no dia 24 de abril, em Brasília/DF. A Embrapa Agropecuária Oeste receberá um kit Minibiblioteca que irá agregar valor as pesquisas escolares do ensino fundamental e as visitas do Programa Embrapa Escola. 

 

O projeto executado pela Escola, por meio da coordenadora do Programa Mais Educação da Escola Tengatuí, Maria Adriana Torqueti Rodrigues, foi desenvolvido em parceria com Embrapa Agropecuária Oeste, UFGD/Faculdade de Estudos Interculturais Indígenas (Faind), Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Faculdade de Fundação Municipal de Educação e Cultura de Santa Fé do Sul (Funec) e Semed (Secretaria Municipal de Educação). “Quando fomos convidados pela Embrapa para participar da Ação Educativa, vi uma oportunidade de desenvolver algo inovador e criativo, mas que somente seria possível com parceiros, então fui buscar parceiros externos, e deu certo, o que prova que juntos somos mais fortes”, enfatizou Adriana.

 

Ação Educativa  – A Ação Educativa foi desenvolvida em Dourados, por meio da Embrapa Agropecuária Oeste, ao longo de 2013, em comemoração aos 40 anos da Embrapa. A Embrapa Agropecuária Oeste adotou como tema o Plantio Direto. A responsável pelo projeto na Unidade, Christiane Congro Comas, diz que durante o trabalho ficou satisfeita com a dedicação e a qualidade dos projetos desenvolvidos pelas escolas participantes, mas destaca que ficou surpresa com a criatividade e a diversidade de atividades desenvolvidas pela Escola Indígena Tengatuí Marangatú.

 

Desde abril de 2013, a Embrapa Agropecuária Oeste, está trabalhando na coordenação das atividades de planejamento e execução da Ação Educativa 40 + 20. A atividade envolveu diversos setores da Unidade e foi desenvolvida em cinco escolas de Dourados: Erasmo Braga, Imaculada Conceição, Escola Municipal Indígena Tengatui Marangatu, Escola Municipal Aurora e Escola Estadual Vilmar Vieira Marques. Os trabalhos envolveram convite às escolas participantes, planejamento e elaboração dos projetos, visita a Embrapa, divulgação do site Contando Ciência na Web, implantação de hortas escolares, coleta de amostra e análise de qualidade de solo, distribuição de publicação infantil, registros fotográficos, palestras, mini-cursos, elaboração de relatórios e divulgação dos resultados. 

 

Escola campeã – A Escola Municipal Indígena Tengatuí Marangatú – Pólo está localizada na Reserva Indígena de Dourados, localizada no perímetro urbano do município. As turmas do 1º ao 9º ano do ensino fundamental são compostas por crianças das etnias Kaiowá, Guarani e Terenas.

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