Exportação de industrializados atinge US$ 3,31 bilhões em 11 meses

 

 

 

Em 11 meses, de janeiro a novembro, a receita de exportação de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul atingiu o montante de US$ 3,31 bilhões, superando em 10% o total movimentado em todo o ano passado – US$ 3,00 bilhões – e registrando aumento de 20,7% em relação aos 11 primeiros meses de 2012, quando o montante foi de US$ 2,74 bilhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A exemplo dos meses anteriores, o crescimento foi alavancado pelos grupos “Papel e Celulose”, com alta de 124%, “Couros e Peles”, com elevação de 63,5%, “Extrativo Mineral”, com salto de 32,2%, e “Complexo Carne”, com avanço de 18,2%.

 

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, com receita equivalente a US$ 249,7 milhões, novembro de 2013, registrou o melhor resultado já alcançado para o mês em toda a série histórica da exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul. “Comparado com os resultados de igual mês, ao longo da série, vale ressaltar que de janeiro de 2009 até agora foram registradas 44 quebras de recorde nas receitas de exportação. O que equivale a dizer que o recorde mês a mês, ao longo desse período, foi quebrado em 74,6% das vezes”, pontuou.

 

Na avaliação do Radar da Fiems, é importante destacar que o desempenho observado de janeiro a novembro de 2013 se deu sobre uma forte base de comparação, pois, em igual período nos anos de 2010, 2011 e 2012, as receitas totais da exportação de industrializados alcançaram US$ 2,08, US$ 2,82 e US$ 2,74 bilhões, respectivamente, indicando deste modo, que de 2010 a 2013 no intervalo considerado, a exportação de industrializados cresceu, em média, 12,3%. “Em 11 meses já superamos a receita obtida em todo o ano passado e, mantido esse crescimento, as exportações de industrializados devem fechar 2013 com um montante superior a US$ 3,5 bilhões. Os números demonstram que o setor industrial do Estado continua em franca expansão”, destacou Sérgio Longen.

 

Quanto à participação relativa, no acumulado do ano, o setor industrial foi responsável por 67% de tudo que foi exportado por Mato Grosso do Sul, enquanto na comparação entre os meses de novembro de 2012 com novembro de 2013 as vendas externas de industrializados atingiram a marca de 80,5% de tudo o que foi exportado pelo Estado. Com relação ao volume, no acumulado do ano, o total alcança 9,06 milhões de toneladas, indicando crescimento de 22,4% em relação à igual período de 2012, quando foi vendido ao exterior o equivalente a 7,40 milhões de toneladas de produtos industrializados.

 

Grupos

 

Ainda conforme o Radar da Fiems, o desempenho observado teve como destaques as evoluções ocorridas, principalmente, nos grupos “Papel e Celulose”, “Complexo Carne”, “Extrativo Mineral” e “Couros e Peles”, que proporcionaram um acréscimo, em receita, no comparativo com igual período de 2012, equivalente a US$ 548,9, US$ 147,8, US$ 109,7 e US$ 56,3 milhões, respectivamente. Como indicado anteriormente, no caso do primeiro grupo, a expansão é resultado do início da atividade de uma nova planta de celulose, que dobrou a capacidade nominal de produção do Estado, permitindo que novos clientes fossem atendidos e, principalmente, que os tradicionais compradores da celulose sul-mato-grossense pudessem ampliar ainda mais os volumes de suas aquisições.

 

Na primeira condição, observou-se que em relação a igual período do ano passado, são 15 novos destinos para os produtos do grupo “Papel e Celulose”, proporcionando uma receita adicional equivalente a US$ 9,2 milhões, enquanto em relação à segunda condição, países como a China, Itália, Holanda, Estados Unidos e Coréia do Sul aumentaram suas compras em US$ 268,3, US$ 144,9, US$ 82,5 US$ 42,8 e US$ 16,9 milhões, respectivamente. Quanto ao segundo grupo, a expansão foi proporcionada pelo aumento das receitas obtidas com os pedaços e miudezas comestíveis congelados de frango, carnes desossadas e congeladas de bovinos, carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos, bexigas e estômagos e outras miudezas comestíveis congeladas de bovinos que, somados, apresentaram um crescimento de US$ 149,1 milhões.

 

Os países que mais contribuíram para o desempenho observado foram Hong Kong, Venezuela, Chile, Japão, Egito e Emirados Árabes Unidos, que, somados, geraram uma receita adicional equivalente a US$ 166,7 milhões. Já no terceiro grupo destacado a elevação observada se deu em função dos aumentos ocorridos no volume embarcado e preço médio da tonelada do minério de ferro, sendo que, em relação ao volume, o total vendido ao exterior no período de janeiro a novembro de 2013 alcançou 4,76 milhões de toneladas, resultado 13,4% maior que o obtido em igual intervalo de 2012, enquanto o preço médio da tonelada, na mesma comparação, apresentou variação de 8,97%, saindo de US$ 77,2 para US$ 84,2, proporcionando, deste modo, uma receita adicional equivalente a US$ 76,5 milhões.

 

Adicionalmente, vale ressaltar o desempenho das exportações de minérios de manganês que, na mesma comparação, proporcionaram uma elevação equivalente a 197,0%, resultando numa receita adicional de US$ 33,3 milhões. Em relação ao quarto grupo indicado a elevação ocorrida se deu em função do expressivo aumento nos embarques de outros couros bovinos e bubalinos, não divididos e úmidos, outros couros bovinos e bubalinos, divididos e úmidos e de couros bovinos inteiros “wet blue” tamanho igual ou inferior a 2,6m². Com o volume total de janeiro a novembro de 2013 alcançando 42,7 mil toneladas, resultado 69,7% maior que o obtido em igual período de 2012, quando o total não ultrapassou as 25,1 mil toneladas, proporcionando, deste modo, uma receita adicional equivalente a US$ 64,3 milhões e, quanto aos compradores, destacaram-se China, Itália e Hong Kong, que geraram uma receita total equivalente a US$ 121,4 milhões.

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