Fronteira se transforma em Centro Universitário

A fronteira seca entre Ponta Porã (BR) e Pedro Juan Caballero (PY), busca há tempos alternativas para consolidar a economia com independência do chamado Turismo de Compras, nos últimos anos o aumento dos cursos de medicina, no lado paraguaio e o crescimento na oferta de cursos no lado brasileiro vem fomentando a economia dos dois municípios. Desta forma para muitos especialistas a fronteira vem se transformando em polo universitário, com a presença de dezenas de universidades públicas e privadas que a cada ano atrai estudantes de diferentes estados do Brasil e do Paraguai, alterando de forma significativa o perfil econômico das duas cidades. Com a alta do dólar, o tão sonhado polo universitário vem contribuindo para impulsionar a economia, gerando emprego e renda em setores de serviços diversificados com destaques para rede de gastronomia, comércio e o fortalecimento do setor imobiliário.

 

Entre as faculdades que mais se destaca junto as demais, e a Universidad Sudamericana,  esta vem cumprindo de forma rígida o seu sistema de ensino. informações 67/96770757 ou 67/81120097 emailmedicinakarlos@gmail.com. Este fenômeno permitiu o aquecimento nas vendas de final de ano, sendo uma solução louvável, em virtude da queda de turistas na fronteira em baixa pelo aumento do dólar que chegou a R$2,85.

 

“A fronteira ainda tem no comércio de importados, seu maior potencial turístico, mas vem aos poucos oferecendo alternativas que permitem o equilíbrio econômico. Não há dúvida que o fortalecimento da faculdades de medicina em Pedro Juan Caballero e o aumento dos cursos nas faculdades em Ponta Porã, são fundamentais para este novo momento” frisou o empresário Anderson Carpes, presidente Interino do Convention Visitors & Bureau Ponta Porã Sem Fronteiras.

 

Para Anderson com a chegada de estudantes de Medicina no Paraguai, existe um aquecimento no comércio local deforma natural. “São cerca de quatro mil alunos que gastam com aluguel, comida, roupas, calçados, tecnologia e diversão, fortalecendo a economia dos dois municípios” explicou Carpes. De fato estes números refletem na economia local, como no setor imobiliário, aonde proprietários de terrenos antes ociosos, apostam na construção de quitinetes e apartamentos voltados para o público acadêmico.

 

Dados apontam que seriam necessários 2.500 novos imóveis para atender os cerca de 8 mil alunos em Pedro Juan Caballero.Em sua maioria os acadêmicos procuram um imóvel com dois quartos para dividir com outros acadêmicos.Este perfil de imóvel, na região central custa em média R$1.100,00.

 

No Paraguai, embora existam outros cursos de formação superior, a preferência é pelo de Medicina.Em Pedro Juan Caballero cinco faculdades oferecem o curso, reunindo cerca de 2 mil alunos, sendo que 99% deles são brasileiros que sonham em se formar e exercer a profissão no Brasil.

 

Este sonho parece estar se consolidando com os bons resultados obtidos pelos formandos do Curso de Medicina em Pedro Juan Caballero, junto ao Revalida, prova de Exame Nacional criado pelos Ministérios de Educação e Saúde do Brasil, necessário para que os futuros profissionais exerçam de forma legal a Medicina no Brasil.

 

Prova disso é o Médico Felix Gonzales Barrios, que falou com a reportagem de O Progresso, Natural da cidade de Jardim interior de Mato Grosso do Sul, se formou em medicina há sete anos em Assunção, capital paraguaia, sendo aprovado no Revalida – Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos.

 

“Formei em Medicina em Assunção, hoje atuo como Professor  em varias faculdades aqui em Pedro Juan Caballero. Somente neste ano tivemos dez formando aprovados no Revalida e obtendo desta forma o direito de exercer a profissão no Brasil” explicou Felix, ressaltando que “Existem milhares de brasileiros que cursam Medicina na Bolivia e no Paraguai.O interessante é a quantidade de aprovados no Revalida que cursaram em Pedro Juan Caballero, demonstrado a qualidade das faculdades e transformado a fronteira em polo universitário”.

 

No lado brasileiro o cenário não é muito diferente, contando com 10 instituições de ensino superior (oferecendo aulas presenciais ou via satélite e pela internet); sendo 03 públicas – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, alcançando cerca de 3 mil alunos.

 

Na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-Campus Ponta Porã, por exemplo, 30% do total de 350 acadêmicos são oriundos de outros estados,que residem na fronteira.Outro fator importante é a vinda de profissionais em educação de diversos locais do Brasil, que se fixam na fronteira. (Com informações da Revista Fronteira)

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