Moradores de Rio Brilhante, cidade do 'Maníaco da Cruz', voltam à rotina após sua prisão

A população rio-brilhantense, distante 160 quilômetros de Campo Grande, está se sentindo aliviada com a prisão do Dionathan Celestrino, 21 anos, mais conhecido como o ‘Maníaco da Cruz’. O temor ocorria principalmente por ser o local dos três assassinatos cometidos por ele, onde também residia a sua família e até mesmo pelos burburinhos de que ele retornaria para dar continuidade aos crimes.

 

Segundo o jornalista Olimar Gamarra, que anunciou para a população local a prisão do ‘Maníaco da Cruz’, na rádio Kativa FM, inúmeras ligações de agradecimento a polícia, pela prisão do jovem surgiram na rádio. “Muitos disseram que só agora voltarão à rotina normal, depois de muitas adolescentes se negarem a ir para escola, principalmente no período noturno”, comenta Gamarra.

 

Nos 23 dias em que Dionathan esteve foragido, o jornalista que também acompanhou a prisão dele em 2008, conta que a população estava apreensiva principalmente pelas pistas falsas que surgiam a todo o momento. “Aqui foi palco dos assassinatos e onde também viva a mãe dele, os irmãos, enfim todo mundo permanecia em pânico com a possível volta. E com as pistas falsas, a população realmente acreditava que o ‘maníaco’ estava por aqui”, afirma Gamarra.

 

Dois dias após a fuga, o Midiamax esteve na cidade e conversou com parentes das vítimas. Cláudia Gardena, 63 anos, mãe da primeira vítima, um pedreiro 30 anos que foi estrangulado no cemitério, disse que conhecia o jovem desde que ‘estava na barriga da mãe’.

 

“Conheci esse menino quando ele ainda estava na barriga da mãe. Ele cresceu e eu não conversava com ele, mas jamais pude imaginar que ele fizesse algo com o meu filho. Hoje, meu medo é de uma neta que estuda à noite ser mais uma vítima dele. Já passei por depressão, loucura e até hoje fico ressentida com o que aconteceu”, disse na ocasião.

 

Da mesma maneira garantiu a mãe da adolescente Gleice Kelly, 13 anos, última vítima. Na ocasião Vilma Teresinha da Silva, 33 anos, estava há alguns dias sem dormir e tendo de freqüentar um psiquiatra. “Só teria sossego se ele aparecesse morto”, falou ela, que também ligou para a rádio ontem (30), agradecendo a policia paraguaia pela prisão do jovem.

 

Sem um local específico em Mato Grosso do Sul, para o tratamento psiquiátrico no qual autoridades defendem para o ‘Maníaco da Cruz’, ele pode permanecer provisoriamente nas celas da Polícia Federal, 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã ou até mesmo voltar para a Unei (Unidade Educacional de Internação) Mitaí.

Amambay570/Cleber Gellio
Jovem preso ontem e casa onde ele residia com familiares em Rio Brilhante no ano de 2008

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