Mutirão detecta 15% de pessoas com risco de perder a visão

 

Médico Fabio Yamasato faz exame para detecção de glaucoma em paciente no mutirão contra a doença

FOTOS: ELVIO LOPES

O esforço conjunto de médicos, residentes, colaboradores e integrantes de clube de serviço da Capital foi altamente positivo durante todo o dia de sábado, quando centenas pessoas procedentes de todas as regiões da cidade compareceram ao Colégio Dom Bosco para fazerem o exame clínico que pode detectar a pressão ocular e indicar a existência da doença, que se desenvolve sorrateiramente e afeta a visão de pelo menos 15% dos pacientes atendidos, considerada incurável, porém, passível de controle.

O Dia Nacional de Combate ao Glaucoma foi instituído no dia 26 de maio, porém, no sábado, antecipando a data, a Associação Sul-Mato-Grossense de Oftalmologia (AsOft), com o apoio do Colégio Dom Bosco, Lions Clube International, Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e laboratórios parceiros, começou o atendimento logo pela manhã, recebendo centenas de pessoas que procuravam atender ao chamamento da instituição, para medição da pressão ocular.

O médico oftalmologista Maurício Sakai, membro da AsOft e chefe do Serviço de Oftalmologia da Santa Casa de Campo Grande, explicou que participaram da campanha cerca de 20 médicos e mais os residentes, que efetuaram exames em mais e 3,5 mil pessoas.

O público, organizado em fila desde a entrada do colégio, era levado sentar-se na arquibancada e orientado a medir a pressão arterial e passar por uma breve entrevista para acompanhamento da ficha de exame médico, que foi realizada em uma das salas da instituição de ensino, de forma organizada e com vários atendimentos simultâneos, feitos pelos profissionais e assistentes.

Todo paciente atendido, caso fosse detectada pressão ocular acima do normal, era encaminhado para novo exame e feito o encaminhamento para os setores de Oftalmologia da Santa Casa ou do Hospital Universitário, para o tratamento clínico. “O glaucoma não tem cura, mas pode ser controlado por meio de procedimentos médicos e medicação”, explica Maurício Sakai.

Segundo Sakai, entre 10 e 15% das pessoas atendidas no mutirão apresentam algum tipo de alteração na pressão ocular, os quais são encaminhados para o tratamento clínico nas duas instituições hospitalares. Todo paciente com glaucoma deve fazer exames periódicos para controle da pressão e da própria doença e alívio da dor provocada pela hipertensão ocular, destacou o médico.

Como o glaucoma se desenvolve na idade adulta, a seleção do público era feita por idade, acima de 30 anos, que tem maior possibilidade de desenvolver a doença e também pelo histórico familiar, contido na ficha preenchida na entrada do colégio e também pessoas de raça negra.

Um dos médicos que atendeu ao mutirão contra o glaucoma foi o oftalmologista Fabio Yamasato, professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e com especialização em oftalmologia oncológica, que destacou a importância da prevenção para preservação da visão.

Os médicos que participaram do mutirão contra o glaucoma também fizeram questão de esclarecer aos pacientes sobre os exames comerciais, que não detectam nenhum tipo de doença e pode prejudicar a visão no caso de uso de óculos sem receita médica. “O exame é completo com a análise do fundo do olho, de doenças de retina e se o paciente tem problemas de diabetes”, conclui Sakai.

A campanha é realizada todo ano pela associação, com os exames gratuitos e os encaminhamentos para tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na Santa Casa e Hospital Universitário de Campo Grande.

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