Outono começa na quinta e deve chover menos no Centro-Oeste e SE

Menor precipitação pode aumentar possibilidade de racionamento. Já regiões Norte e Nordeste iniciam a chamada estação chuvosa.

Mapa mostra previsão de precipitação com a chegada do outono (Foto: Reprodução/Cptec/Inpe)

Mapa mostra previsão de precipitação com a
chegada do outono (Foto: Reprodução/Cptec/Inpe)

A chegada do outono às 13h57 desta quinta-feira (20) deve apresentar redução do volume de chuvas em relação ao último verão, como é típico da estação no Sudeste e Centro-Oeste do país, segundo o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

 

O governo admite que “o sinal amarelo” foi aceso no setor elétrico sobre a possibilidade de racionamento por conta da queda no nível de armazenamento dos reservatórios provocada pela falta de chuvas em 2014.

 

O Cptec/Inpe e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) não haviam concluído até esta quinta-feira estudos específicos sobre a previsão do tempo para este outono de 2014.

 

“Ocorre, naturalmente, uma redução do volume de chuvas no Sudeste e Centro-Oeste do país, pois a estação chuvosa era para ter sido o verão, mas acabou não sendo, provocando esta redução nos níveis dos reservatórios em algumas localidades”, explica o meteorologista Fabio Rocha.

 

De acordo com o meteorologista do Cptec/Inpe Fabio Rocha, haverá redução de chuvas em relação ao verão nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, com volumes entre 150 a 400 milímetros. Por outro lado, a chuva fica mais intensa na faixa norte da região Norte e Nordeste, ficando em torno de 700 milímetros. No verão deste ano, o volume de chuvas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste ficou em 600 mm, enquanto na região Sul ficou entre 300 mm e 500 mm.

 

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Por ser uma estação de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco, o outono apresenta frentes frias mais regulares e temperaturas que começam a diminuir. “Aos poucos, o forte calor e alta umidade, áreas de instabilidade e Zona de Convergência do Atlântico Sul deixam de atuar, mas ainda podem ser registrados em algumas localidades no primeiro mês da estação”, afirma Rocha.

 

A estação começa com a presença de massas de ar frio sobre o continente e variações de temperatura. “As entradas de massas de ar frio provocam queda nas temperaturas especialmente no Sul e Sudeste, trazendo um ar mais seco. Em algumas localidades do Sul e das serras do Sudeste, podem ocorrer geadas, especialmente a partir de maio. Os nevoeiros também começam a ser observados ao longo da estação devido ao resfriamento noturno e à inversão térmica nessas regiões”, afirma o metereologista. 

 

A inversão térmica ocorre quando há uma mudança repentina de temperatura devido à inversão das camadas de ar frias e quentes. Esse fenômeno é muito comum em regiões onde o nível de poluição é muito elevado e forma uma camada de cor cinza causada pelos poluentes.

 

Ao longo da estação, as temperaturas sofrem uma redução gradativa, com máximas entre 18°C e 28°C no Centro-Sul e mínimas entre 12°C e 18°C (inferiores a 10°C nas serras). No Norte e Nordeste do país as temperaturas mínimas ficam em torno de 22°C e máxima em torno de 32°C.

 

Racionamento

O verão de 2014 foi o mais quente dos últimos 30 anos, de acordo com o Inmet. Além de mais quente, o verão foi também o mais seco, dos 88 dias da estação, só choveu em 17. Devido a falta de chuva, o Sistema Cantareira, que é responsável por abastecer mais de oito milhões de pessoas na Grande São Paulo, atingiu o pior nível da história, com 14,9% de capacidade. Como medida de economia da água, a Sabesp decidiu reduzir o volume de água destinado a Guarulhos. Outra medida tomada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi pedir à presidente Dilma Rousseff para utilizar a água do Rio Paraíba do Sul, que é um rio interestadual, no Sistema Cantareira.

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