Polícia Civil do MS inicia greve a partir de 2 de maio

Policiais queimaram caixão como forma de protesto. Foto: Assessoria

 

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul entra em greve por tempo indeterminado a partir do dia 2 de maio. A decisão foi tomada durante assembleia geral realizada nesta quarta-feira, na sede do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sinpol/MS), em Campo Grande.

Após o encontro houve protesto. Representantes da categoria saíram do sindicato, cruzaram o centro da Capital e foram até à Governadoria, onde queimaram um caixão. Segundo o vice-presidente do Sinpol/MS, Roberto Simeão de Sousa, o ato simbolizou a morte de um policial.

“A manifestação foi pacífica e tentamos demonstrar o massacre que o Governador André Puccinelli tem cometido com nossa classe. Há muito tempo estamos com os salários defasados e também sofremos com falta de estrutura, precariedade de equipamentos e de delegacias, além da escassez de material humano”, disse Simeão.

Quando a greve for iniciada, a polícia vai manter apenas 30% do efetivo em atividade, atendendo apenas solicitações de emergência. “O número de policiais que já é pequeno, vai ficar ainda menor. Daremos preferência somente aos casos de flagrante e desaparecimento de menores. Serviços como emissão de carteiras de identidade e atestados de boa conduta serão interrompidos”, disse.

REIVINDICAÇÕES

Com um dos piores salários do país, a categoria exige aumento de 50%, sendo 25% para 2013 e mais 25% para o ano que vem. A contratação de mais servidores, bem como melhor estrutura de trabalho, também fazem parte das reivindicações; segundo Simeão, há déficit de pelo menos 800 investigadores e 200 escrivães em Mato Grosso do Sul. “Muitos dos que estão no cargo, têm pedido exoneração por falta de perspectivas”, disse.

Greve foi definida em assembleia nesta quarta-feira. Foto: Assessoria

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