polícia usa Facebook e mãe descobre morte de filho após 20 dias

Apenas 20 dias após o desparecimento do filho, uma mãe do condado de Clayton, no Estado americano da Geórgia, foi informada sobre a sua morte, apesar da polícia local ter registrado a ocorrência. Os responsáveis pelo caso tentaram comunicar a mulher por sua conta no Facebook, mas a mensagem caiu na caixa de spam. As informações são da TV WSB.

“Não consigo acreditar. Para mim é mentira. A polícia diz que fez o melhor para me localizar e comunicar a notícia, mas não acredito. Se eles podem localizar um criminoso, como não podem me localizar? Poderiam ter feito melhor”, desabafou Anna Lamb-Creasey, mãe de Rickie Lamb, de 30 anos, que morreu atropelado no dia 24 de janeiro.

No mesmo dia, um perfil do Facebook identificado como Misty Hancock enviou uma mensagem para Anna e sua filha avisando sobre a morte de Rickie. O nome não corresponde a uma pessoa, mas seria utilizado por policiais há algum tempo. Nenhuma outra tentativa de contato foi feita.

Por não ser um perfil amigo de Anna ou de sua filha no Facebook e utilizar um nome estranho, além de uma foto do rapper T.I., a mensagem caiu na caixa de spam das destinatárias. Sem conhecer a ferramenta, as duas ignoraram o aviso e tomaram o filho por desaparecido.

Durante 20 dias, elas procuraram por Rickie em hospitais e até na cadeia, mas o registro policial do dia 24 não foi encontrado. A família até chegou a postar mensagens no perfil do Facebook da vítima: “onde está você, Ricke? Com amor, mãe”, escreveu Anna.

Apenas no dia 14 de fevereiro, Dia de São Valentim nos Estados Unidos, a filha de Anna encontrou a mensagem em sua caixa de spam da rede social e telefonou para um número de celular enviado pelo perfil Misty Hancock. Foi então que ela falou com um delegado e descobriu que seu irmão havia morrido em um atropelamento e o motorista ainda não fora identificado.

Durente todo o período, o corpo de Rickie permaneceu em um necrotério. Seu funeral foi realizado no dia 16.

A família repudiou na imprensa americana o procedimento dos policiais e defende que a corporação deveria ao menos utilizar um perfil oficial do Facebook para ser “levada a sério”.

A polícia local disse não saber por que o perfil falso foi utilizado, mas assegura que tentou localizar os parentes da vítiam por diversos “modos convencionais”, mas alega não ter recebido resposta.

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