Cerca de 100 produtores do município de Maracaju participaram da mobilização, “Onde tem Justiça, tem espaço para todos”, realizada em Nova Alvorada do Sul e simultaneamente em outros sete estados brasileiros nesta sexta feira (14). O evento foi organizado pela Famasul e Confederação da Agricultura e pecuária do Brasil – CNA.
O manifesto teve como principal objetivo pedir segurança jurídica ao produtor rural e paz no campo, “esse manifesto vem de encontro com nossa necessidade de paz no campo, precisamos ter tranquilidade para trabalhar, trata-se de um direito nosso”, disse o presidente do Sindicato Rural de Maracaju, Arthemio Olegário de Souza Junior.
O presidente da Famasul, Eduardo Riedel, destacou a importância da união dos produtores rurais em defender suas terras e seus direitos, “lutaremos até o fim por nossos direitos, vamos reconstruir tudo que foi destruído, porque aquela área é nossa e soma diretamente para o desenvolvimento do país” ressaltou Riedel.
Mais de cinco mil produtores estiveram reunidos na movimentação sul-mato-grossense. De acordo com a Presidente da CNA, Senadora Kátia Abreu, a compra de propriedades para ampliação de áreas indígenas é a melhor alternativa, “não podemos dizer indenização, temos que dizer compra de fazenda. E compra de fazenda daquele produtor que quer vender”, defendeu a Senadora, que ainda ressaltou a violência com que os produtores rurais têm sido retirados de suas casas durante as invasões, “os índios tem proteção, e quem protegerá a classe produtora”, indagou Kátia Abreu.
Produtores e lideranças rurais do Paraná, Maranhão, Rio Grande do Sul e São Paulo participaram da manifestação em MS. Do Paraná, houve deslocamento de uma comitiva de 15 ônibus, com 650 produtores. O ato pacífico buscou chamar atenção da sociedade e do poder público sobre a falta de segurança jurídica. Sem interromper o trânsito, os manifestantes distribuíram aos motoristas, material informativo, adesivos e envelopes com sementes de hortaliças.
Deputados estaduais, federais e senadores discursaram durante a mobilização com afirmações sobre a busca de solução em reuniões semanais com representantes do Congresso Nacional, Assembleia Legislativa e Ministérios da Casa Civil e da Justiça.