Saúde confirma 15 mortes por dengue; mosquito resiste a repelente, diz pesquisa

Luiz Alberto

No detalhe, foto das larvas do mosquito Aedes aegypti

 

Sobe para 15 o número de mortos por dengue em Mato Grosso do Sul e chegam a 43.464 os casos notificados, conforme divulgou a Secretaria Estadual de Saúde nesta quinta-feira (21), ao mesmo tempo em que um estudo divulgado por cientistas do Reino Unido revelou que o mosquito Aedes aegypti criou resistência a um repelente largamente utilizado pela indústria.

O boletim epidemiológico mostra que seis mortes aconteceram em Campo Grande, duas em Vicentina e as outras em Aparecida do Taboado, Aquidauana, Dourados, Miranda, Nova Andradina, Rio Verde de Mato Grosso e Sidrolândia.

Campo Grande lidera na incidência da doença, com 29.233 notificações e 796.252 habitantes. Em seguida está Bonito, Fátima do Sul, Nova Andradina e Ladário.

Seis mortes continuam sob investigação, duas em Campo Grande e as outras em Camapuã, Corumbá, Nioaque e Aquidauana.

Cinquenta cidades estão em alerta para dengue por causa da alta incidência, que é de 50 casos para cada 100 mil habitantes.

Uma pesquisa conduzida por cientistas no Reino Unido e divulgada nesta quinta-feira pelo site de notícias UOL revelou que o mosquito da dengue aparentemente desenvolveu resistência ao princípio ativo conhecido como DEET (dietiltoluamida), utilizado em repelentes fabricados em vários países, inclusive o Brasil.

O composto age interferindo nos receptores sensoriais desses animais, inibindo seu desejo de picar o usuário, mas os cientistas concluíram que os vetores são inicialmente repelidos pelo composto e depois o ignoram.

“Nós conseguimos registrar a resposta dos receptores na antena dos mosquitos à DEET, e então descobrimos que os mosquitos não eram afetados pela substância”, disse James Logan, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, instituição que realizou o estudo.

 

 

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