Senar/MS amplia capacitações voltadas às aldeias do Estado

Entre os alunos com capacitação já concluída e aqueles que estão em curso atualmente, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS – Sistema Famasul) contabiliza atendimento com formação técnica para 300 indígenas de Mato Grosso do Sul somente em 2013. Desse total, 60 alunos da região de Aquidauana, receberam através da instituição, os cursos de Horticultor Orgânico e Produtor de Mandioca e outros 240 ainda frequentam uma das qualificações oferecidas gratuitamente em aldeias do Estado.
 
Seguindo a diretriz de desenvolver aptidões e qualificar o trabalho no campo, o Senar/MS iniciou uma nova fase em junho deste ano, ampliando suas capacitações às comunidades indígenas através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Nesta primeira experiência, 60 alunos das aldeias Cruzeiro, Limão Verde e Buritizinho, foram assistidos. Desde então, a carta de capacitações voltadas a este púbico vem aumentando e no mês de outubro, mais três comunidades indígenas no município de Nioaque passaram a contar com as capacitações, onde 70 alunos participam dos cursos de Horticultor Orgânico e Produtor de Mandioca, realizados nas aldeias Taboquinha, Brejão e Água Branca. 
 
O presidente do Sistema Famasul, Eduardo Riedel, ressalta que esta é a contribuição do Senar para dar perspectivas aos indígenas e melhorar as condições das aldeias. “Entendemos que os indígenas precisam de apoio, por meio de políticas públicas específicas, que lhes garantam autonomia e dignidade, o que pode ser feito preservando suas culturas”, definiu. Além da formação de alunos, o Senar também está formando instrutores indígenas, sendo que quatro deles já estão aptos a repassar seus conhecimentos. 
 
O mobilizador dos cursos na região de Nioaque, Reginaldo Cabrocha da Silva, também é indígena e ressalta que o grupo formado por homens e mulheres está satisfeito com as aulas. “Eles estão muito empolgados com as novas possibilidades que surgem através dos conhecimentos adquiridos nesses cursos. “O mobilizador avalia ainda a importância da atuação dos instrutores nas aldeias. “As comunidades têm acesso a todas as matérias primas, como sementes e adubos naturais, mas não sabe o modo correto de aplicar.  “De maneira simples, os instrutores que o Senar enviou mostram como utilizar materiais do cotidiano para melhorar e mudar totalmente o cultivo”, pondera.
 
Para a coordenadora do Pronatec em Nioaque, Kiara Cristina Souza, a chegada dessa capacitação é determinante no incentivo da mudança social e econômica para os indígenas das aldeias assistidas. “Eles já tem o plantio como fonte de existência, mas não têm técnica alguma e agora com o acesso a este conhecimento, terão muito mais facilidade em plantar e colher produtos com qualidade para consumo e venda. Só faltava a capacitação”, avalia Kiara.
 
Para o próximo ano, outros cursos voltados às comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul estão previstos, com a realização de 26 capacitações. Entre as oportunidades estão as qualificações em Produtor de Mandioca e Horticultor Orgânico. Também serão oferecidos pela primeira vez para este público os cursos de Tratorista Agrícola, Artesão de Biojóias, Viveicultor, Artesão de Bordado à Mão Operador de Computador e Artesão de Artigos Indígenas. O calendário com as datas e os municípios contemplados serão divulgados futuramente. 
 
Sobre o Sistema Famasul – O Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS) é um conjunto de entidades que dão suporte para o desenvolvimento sustentável do agronegócio e representam os interesses dos produtores rurais de Mato Grosso do Sul. É formado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar), Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS) e pelos sindicatos rurais do Estado.
 
O Sistema Famasul é uma das 27 entidades sindicais que integram a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Como representante do homem do campo, põe seu corpo técnico a serviço da competitividade da agropecuária, da segurança jurídica e da valorização do homem do campo. O produtor rural sustenta a cadeia do agronegócio, respondendo diretamente por 17% do PIB sul-mato-grossense.

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