Soja: Preços sobem no Brasil e Rio Grande tem R$ 67/saca; dólar contribui

Nesta quarta-feira (7), o mercado internacional da soja registrou uma sessão bastante tranquila na Bolsa de Chicago e de pouca movimentação. Assim, no fechamento dos negócios, os principais vencimentos terminaram o dia próximos da estabilidade. O mercado terminou o dia em campo misto, com um pequeno avanço de 2 pontos para o contrato janeiro/15 e pequenas baixas – que não chegaram a 1 ponto – nos contratos mais distantes. O vencimento maio/15, referência para a safra brasileia, fechou o pregão valendo US$ 10,61 por bushel. 

No Brasil, os preços da soja acompanharam a pouca movimentação em Chicago e fecharam o dia estáveis no interior do país, na maior parte das praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas junto aos sindicatos rurais e cooperativas. A única praça que apresentou variação – positiva de 1,23% – foi Jataí, em Goiás, onde o preço subiu para R$ 55,00/saca. 

Já nos portos, as cotações conseguiram registrar uma ligeira valorização. No porto de Rio Grande, a soja com entrega para maio/15 ficou em R$ 67,00 por saca, com alta de 0,75%, enquanto em Paranaguá, a oleaginosa entregue em abril/15 terminou os negócios com ganho de 0,76% para fechar em R$ 66,00. Já o produto disponível no terminal gaúcho ficou cotado em R$ 68,50, estável em relação à esta terça (6). Nesse caso, os prêmios positivos nos portos também contribuem para a formação dos preços internamente. Para janeiro, no porto de Paranaguá, o valor é de 82 cents de dólar sobre o valor praticado na CBOT, 50 centavos de dólar para março e 25 para as posições abril e maio. 

Nesta quarta, o dólar também apresentou um mercado mais calmo e, depois de oscilar entre altas e baixas durante todo o dia, a moeda norte-americana encerrou o dia com subindo 0,06% frente ao real, em R$ 2,7035 na venda. Pela manhã, a divisa chegou a perder mais de 1% e, na mínima da sessão, bateu nos R$ 2,6740. 

“O mercado hoje foi muito sensível. À tarde, várias operações pequenas acabaram fazendo preço”, disse o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca à agência Reuters.

 

Bolsa de Chicago

O pregão mais calmo e oscilações mais limitadas, segundo analistas, já começam a refletir a espera do mercado e dos investidores pelo novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz no próximo dia 12 de janeiro. Além disso, o mercado observa também o andamento dos negócios no cenário macroeconômico e a fragilidade atual do cenário financeiro global, com incertezas entre importantes economias do mundo, influenciadas, boa parte, pela crise entre os preços do petróleo. 

 

Para alguns analistas internacionais, como o editor sênior da Farm Futures, Bryce Knorr, a força e o crescimento da demanda que vem sendo observado nesta temporada reforça as expectativas de que o relatório possa trazer uma redução nos estoques norte-americanos de soja, bem como uma revisão para baixo também na produção do país na temporada 2014/15. 

 

A expectativa do portal americano é de que os EUA colham 104,62 milhões de toneladas, contra a estimativa de 107,73 milhões da projeção do USDA de dezembro e, para os estoques, o esperado é de que haja uma redução de 11,16 para 10,21 milhões de toneladas. 

 

Paralelamente, o mercado ainda observa uma movimentação técnica dos negócios, com as cotações atuando entre os US$ 10,00 e US$ 10,50, provocando vendas ou compras de posições à medida em que os principais vencimentos se aproximam do suporte ou da resistência, também de acordo com analistas e consultores de mercado. 

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