Você sabia que fazer gato é estelionato?

Comunicação VLV Advogados

A prática comum de alterar o medidor de energia para que ele não marque corretamente a quantidade de energia consumida pelo imóvel é conhecida como “gato”. Normalmente, as pessoas pagam um eletricista particular para fazer a ligação entre o poste de energia e a própria casa e, desse modo, acabam economizando na conta de energia.

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Muitas pessoas não sabem, entretanto, que essa prática não traz nenhum tipo de vantagem. Além de todos os riscos para a saúde e integridade física de quem faz a ligação, a prática do “gato” ocasiona prejuízos sociais. Como as empresas de energia elétrica têm prejuízos grandes com a prática, o valor é repassado na tarifa da energia, aumentando o quanto toda a sociedade paga para ter energia elétrica em casa.

Outro ponto que torna tal prática indesejável são as consequências jurídicas que ela traz. Ao contrário do que muitos acreditam, esta prática é punida, uma vez que é considerada ilegal. Inclusive, fazer “gato” pode ser considerado crime de estelionato.

De acordo com o Código Penal Brasileiro, o ato de obter vantagem ilícita para si ou para outra pessoa, causando prejuízo alheio é considerado estelionato. Quando você faz um gato para pagar menos na conta de energia, está obtendo uma vantagem ilícita, uma vez que fazer gatos é ilegal, e causando prejuízos para a empresa fornecedora  e para a sociedade em geral.

Além disso, a quinta turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) já considera a prática de alterar o medidor de energia para subtração e inversão da posse da energia a partir da instalação de pontos clandestinos como estelionato.

Lembramos que quem comete o crime de estelionato poderá pagar multa e sofrer reclusão de 1 a 5 anos, a depender da gravidade do caso.