Comerciários de MS ganham 7% de aumento real nos salários

Wilson Aquino

Com um incremento significativo de 7% acima do índice acumulado da inflação, o novo piso salarial do comércio varejista (exceto supermercados) em diversos municípios de Mato Grosso do Sul atinge agora a marca de R$ 1.650,00. Para aqueles que percebem salários superiores ao piso, o aumento estabelecido é de 7%, com mais de 4% de aumento real. Ambos os percentuais são retroativos a partir de 1º de novembro, conforme comunicado por Douglas Silgueiro, presidente da Fetracom (Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul).

“Durante o processo de negociação, insistimos em ganho real aos trabalhadores e acabamos obtendo sucesso com a aprovação de percentuais bem acima dos 3,85% que são o acumulado do INPC no ano”, afirmou Douglas que contou com o apoio do diretor Clodoaldo Fernandes Alves e de Rodolfo Lessa, jurídico da Fetracom-MS.

Os municípios onde o novo piso já está em vigor incluem Água Clara, Alcinópolis, Antônio João, Bandeirantes, Brasilândia, Caarapó, Camapuã, Caracol, Cassilândia, Chapadão do Sul, Corguinho, Coronel Sapucaia, Costa Rica, Coxim, Dois Irmãos do Buriti, Jateí, Ladário, Novo Horizonte do Sul, Paraíso das Águas, Paranhos, Pedro Gomes, Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo, Santa Rita do Pardo, São Gabriel do Oeste, Selvíria, Sonora, Tacuru, Taquarussu e Terenos.

Em Aparecida do Taboado, o piso estabelecido foi de R$ 1.730,00, com um aumento de 7% para aqueles que já percebem salários acima do piso.

Destaca-se que a Fetracom/MS está atualmente em processo de negociação com a federação patronal para a elaboração da Convenção Coletiva de Trabalho 2023/24 destinada aos trabalhadores em supermercados, expectativa de acontecer em breve. O Sindicato dos Empregados no Comércio de Aquidauana já fechou acordo para o comércio local e de outros municípios da região. O piso salarial estipulado é de R$ 1.630, válido para o comércio varejista e de gêneros alimentícios (supermercados) de Aquidauana e Anastácio. Aqueles que percebem salários superiores ao piso terão um reajuste de 7%.

Douglas Silgueiro ressaltou que o mesmo sindicato negociou um acordo estabelecendo um piso de R$ 1.650 para o comércio varejista e supermercados nas cidades de Bodoquena, Bonito, Guia Lopes da Laguna, Jardim, Miranda e Nioaque. Para os que ganham acima do piso, foi mantido o reajuste de 7%. Em Bela Vista, o piso acordado foi de R$ 1.664,00 e da mesma forma que nos demais municípios acordados, haverá o reajuste de 7% aos que ganham acima do piso.

MARACAJU – O diretor da Fetracom, Clodoaldo Fernandes, que preside o Sindicato dos Empregados no Comércio de Maracaju, com o apoio de Douglas e do jurídico, conseguiu para aquele município, um piso de R$ 1.698,00 e 6.20% para quem ganha acima do piso. O mesmo sindicato que atende também as cidades de Angélica, Deodápolis, Douradina, Itaporã, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante e Vicentina, fechou o piso salarial de R$ 1.650,00 para os profissionais comerciários dessas cidades. E 7% para quem ganha acima do piso.

A atuação incisiva da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul (Fetracom) e dos sindicatos representa um pilar fundamental na busca por melhores salários e condições de trabalho para os comerciários da região. Essas entidades desempenham um papel essencial ao estabelecerem negociações estratégicas com as federações patronais, assegurando que os trabalhadores sejam justamente remunerados e tenham suas demandas atendidas.

Além de defenderem incrementos salariais acima da inflação, a Fetracom e os sindicatos atuam na garantia de benefícios adicionais, como planos de saúde, vale-alimentação e jornadas de trabalho mais equilibradas. Através de uma representação coesa e engajada, essas instituições conseguem não apenas fixar pisos salariais mais dignos, mas também estabelecer um diálogo constante visando à melhoria contínua das condições laborais, promovendo assim um ambiente mais justo e favorável para os comerciários do estado.