Queimadas são frequentes nesta época do ano – Foto: Infoescola
Thalyta Andrade
Nesta época do ano, as condições climáticas favoráveis – tempo seco e pouca ocorrência de chuva – favorece a incidência de focos de incêndio, que se torna algo recorrente. Diante do fato, o Corpo de Bombeiros alerta que algumas práticas podem ser fundamentais para evitar, por exemplo, incêndios de proporções maiores, como o que aconteceu na sexta-feira passada na sede da Agecold (Associação dos Agentes Ecológicos de Dourados).
Segundo o comandante do 2º GBM (Grupamento de Bombeiros Militar) de Dourados, coronel Joílson Alves do Amaral, a principal delas, seria a conscientização das pessoas, que ainda é o grande desafio para combate à esses focos.
“A prática da queimada, por exemplo, é algo que constantemente é alertado pelo perigo que representa. O grande problema é a falta de conscientização, porque as pessoas podem achar que não, mas um foco que começa pequeno pode terminar causando danos de grandes proporções”.
Conforme Amaral, medidas como a construção de ‘valas de contenção’, em propriedades rurais, por exemplo, auxiliam para impedir o avanço de uma queimada.
“É como se fosse o asfalto, que cria uma barreira. É uma providência simples que deveria ser tomada pelos proprietários, e que é de uma importância enorme na hora de controlar um incêndio”.
O comandante afirma que este ano, as condições climáticas estão altamente favoráveis a propagação das chamas. “O clima está muito seco, tivemos a ocorrência de geadas, e não chove há bastante tempo. Nesta época é comum um aumento no registro de chamados, mas este ano está bem maior”.
No entanto, Amaral alerta que, independente de condições climáticas, as medidas preventivas são de responsabilidade de toda a população para evitar destruição e até mesmo tragédias. “A preocupação deve ser de todos, desde a pessoa que coloca fogo no lixo, até o proprietário rural que deve se precaver”.
Orientação
Ainda de acordo com o comandante do 2ºGBM de Dourados, após o incêndio na sede da Agecold, registrado na sexta-feira, 16, uma reunião deve ser agendada com representantes da associação. O objetivo do encontro é a orientação com relação a medidas preventivas para evitar acidentes como o da semana passada, que destruiu cerca de 15 toneladas de materiais recicláveis.
“Pretendemos dar instruções de medidas preventivas, como a implantação das valas de contenção, e a ordenação dos materiais recicláveis de modo que esses sejam dispostos na sede de maneira mais segura. Um exemplo disso seria não deixá-los concentrados em apenas um lugar, o que acaba favorecendo a propagação das chamas de modo mais rápido caso um novo incidente volte a acontecer”, justificou Amaral.
