Mãe de aluno acusa diretora de escola municipal de discriminação e agressão verbal

 

 

A faqueira Célia das Graças de Oliveira, 34 anos, denuncia discriminação e agressão verbal feita por uma diretora da escola Municipal Frederico Soares, identificada apenas como Regina. De acordo com Célia das Graças, ao tentar fazer a matricula de seu filho, Eduardo Henrique de Oliveira, de 9 anos, entregou os documentos necessários e juntamente pediu para que a diretora anexasse o laudo médico que atesta seu problema de saúde: epilepsia, e orienta que ela deve estar sempre acompanhada de outra pessoa.

O objetivo era deixar ciente a diretoria da instituição de ensino de que em caso de sua ausência, a tia da criança pudesse acompanhar a vida escolar do menino. No entanto, a diretora se recusou a anexar o documento. “Eu sou doente e só queria que minha irmã pudesse ter acesso ao seu boletim e participasse das reuniões da escola quando eu não pudesse vir, mas a diretora jogou o papel sobre a mesa e ainda me disse que remédio por remédio, todo mundo toma, até mesmo ela”, contou Célia, acrescentando ainda que a diretora fez comentários pejorativos sobre suas roupas. “Ela disse que minha roupa não era adequada para conversar com uma diretora e que eu estava praticamente pelada, sendo que minha roupa não era nem curta e muito menos decotada”.

A mãe do estudante afirma que conseguiu fazer o mesmo procedimento na Escola Estadual Adventor Divino de Almeida, onde sua filha de 14 anos cursa o ensino fundamental. “Não custava nada ela [diretora] ter feito isso pra mim. Por ter sido humilhada fiz um boletim de ocorrência e vou procurar meus direitos”, afirmou. 

Além de ter sido maltratada pela diretora, Célia afirma que foi impedida de sair da escola e que um guarda municipal a cercou com o cassetete em punho. “Não fiz a matricula e a diretora não quis devolver as cópias dos meus documentos. Consegui escapar e como estava passando mal fui até uma UBS perto da escola. Minha pressão estava 15 por 10. Voltei até a escola onde minha irmã estava e eles tinham chamado a policia, fiquei mais nervosa e tive uma crise convulsiva, ninguém me socorreu”, relatou.

O advogado de Célia, Higor Utinoi, afirmou que nesta semana entrará com um processo acionando o município e uma ação por danos morais contra a diretora. “Estamos analisando e se a nossa cliente quiser, faremos também uma ação penal por abuso de autoridade por parte da diretora”.

 

 
Célia das Graças de Oliveira ao lado de seus advogados, que entrarão com ação contra o município

 

A assessoria de imprensa da prefeitura informou que somente irá se pronunciar sobre o assunto quando for notificada judicialmente.

 

 

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