Teste de protótipo que prevê a identificação automática de insetos na lavoura é realizado na Fundação MS

O protótipo funciona com um tipo de escaneamento que abastece o banco de dados da pesquisa e depois usa estas informações para identificação em tempo real.

Por Eliane M. Dias

Na última sexta-feira (16/02), a Fundação MS em parceria com UCDB-Universidade Católica Dom Bosco,  realizou testes que são parte de um estudo de inovação para agricultores no monitoramento de insetos. Esse é um Projeto de Pesquisa, liderado por uma equipe multidisciplinar que pretende tornar de forma mais rápida e eficaz o mapeamento  de insetos nas lavouras por meio de inteligência artificial.

O  Projeto  nesta fase prevê o uso de  várias linhas da IA inteligência artificial no campo, com a captação de imagens de insetos por meio de celulares, drones e até câmeras instaladas nos equipamentos agrícolas, em diversos estágios das lavouras, o que futuramente  auxiliará o agricultor de forma prática e rápida na identificação de cada espécie, tornando a aplicação dos defensivos mais precisa e assertiva, quanto ao controle das pragas.

Para o Diretor Executivo da Fundação MS. “Esse é o primeiro teste do protótipo. Através dos estudos do projeto, a gente vem acompanhando os testes em laboratório, trocando ideias e contribuindo para o aumentando do banco de imagens, que é uma forma de alimentar o sistema da IA na versão em que está sendo testada. A ideia é expandir ainda mais esse banco de imagens para o sucesso deste projeto que vai trazer solução imediata ao agricultor e a Fundação continua  contribuindo para esses estudos.” Ressaltou Alex Melotto.

O pesquisador de Entomologia e Herbologia da Fundação MS, Luciano Del Bem Junior que também acompanhou o teste,  ressalta que a identificação da praga através de imagem, traz agilidade e  um resultado assertivo no controle, com mapeamento detalhado. Outro destaque feito pelo pesquisador é sobre o sistema usado atualmente, chamado “pano de batida”, método manual para o manejo estratégico de percevejos, que consiste no uso de um pano, geralmente branco, colocado em meio a plantação para identificar insetos.  Com a automação  e a validação das informações deste novo método comparado ao  já utilizado, é possível  a substituição do pano de batida para o software, que prevê praticidade  e mais agilidade no controle das pragas.

O estudo segue testes para captura de imagens e alimentação de banco de dados, e só possivelmente no futuro o uso da identificação em tempo real.

Integra o Projeto vários estudantes dos cursos de graduação, mestrado e doutorado da  UCDB Universidade Católica Dom Bosco e são coordenados pelo Professor Hemerson Pistori, Doutor em Engenharia da Computação, que conta com investimentos da Fundect (Fundação de Apoio do Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).