Internet se tornou o "ás na manga" do comércio mundial

Nesta sexta-feira (17) internautas do mundo todo comemoram o Dia Internacional da Internet, data estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006.

A interação na rede trouxe mudanças no comportamento humano e uma delas é o consumo, diretamente chamada de comércio eletrônico e tecnicamente conhecida por e-commerce.

“A facilidade no processo via internet impulsiona a compra. Ficamos sugestionados”, afirmou o diretor-presidente da Web Consult, especialista em inteligência digital, Leonardo Bortoletto.

O especialista ainda fez um paralelo em executar uma simples lista de compras no supermercado. “Para isso você normalmente tem que se vestir, tirar o carro da garagem, se deslocar até o supermercado, estacionar, empurrar um carrinho, escolher o produto na prateleira, enfrentar fila, lembrar de levar a própria sacola, colocar o produto nela, pagar, carregar a compra, voltar para casa, estacionar, colocar o produto no lugar. 

Agora você pode simplesmente sentar na cadeira em frente ao computador, abrir a página do supermercado, clicar nos produtos, pagar com cartão de crédito e esperar alguém entregar e até colocar na despensa pra você”.

Apesar desse serviço ainda ser incomum, outras atividades podem ser observadas nesse sentido, como a farmácia online, delivery em geral, compra de passagens aéreas, lojas e locadoras virtuais dentre tantos outros.

“Os setores de economia estão bem posicionados nesse sentido”, confirma Bortoletto. “E ainda vamos conseguir mais consumidores digitais, porque estamos conquistando mais respaldos jurídicos”, completa o especialista que ainda acredita que o receio do consumidor não atrapalha as negociações e que isso é passado.

Já para o especialista em Tecnologia e diretor da Ledcorp, José Lúcio Balbi, o Decreto Federal 7.962/13 que regulamenta o Código de Defesa do Consumidor (CDC) no comércio eletrônico e que entrou em vigor na terça-feira (14), é pouco funcional. “É mais um guia de boas maneiras que uma regulamentação, uma vez que não há penalizações e nem métrica”. 

Segundo o diretor da Ledcorp, o ideal seria o governo emitir um selo de qualificação para o website pois a exigência do CNPJ, por exemplo, na página do fornecedor pode ser facilmente falsificado. “As pessoas falsificam e-mails, Facebook, cheques, documentos de carros. Quem age de má fé, pode simplesmente fraudar um CNPJ”, sustentou.

Loja física e virtual

A comparação entre a loja física e virtual também entra na discussão como algo relevante a ser observado pelo consumidor. Balbi fez essa advertência: “nos estabelecimentos, a gente olha o vendedor, sabe quantas pessoas podem te atender, vê o produto, sabe se algo está errado e tem a certeza que a casa comercial vai estar ali no mesmo lugar. No ambiente virtual, a fachada da loja seria o website, que consegue ocultar a bagunça por detrás daquele serviço.”

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