Arthêmio Junior faz balanço de 2012



“Tivemos um ano de muitos desafios, porém de muitas vitórias”, essa é avaliação do presidente do Sindicato Rural de Maracaju, Arthêmio Olegário de Souza Junior em relação ao ano de 2012 para a classe produtora de Maracaju.

 

A pouco mais de um ano a frente do Sindicato Rural, o presidente ressaltou o fortalecimento da classe produtora no município de Maracaju e o grande potencial de representatividade rural da entidade não apenas no município, mas em todo o estado, “o Sindicato Rural de Maracaju tem crescido e se desenvolvido, esse trabalho teve inicio nas gestões passadas e nós estamos buscando dar continuidade a esse crescente desenvolvimento, não tenho duvidas de que isso implica diretamente na unidade da classe ruralista em nossa região”, explicou.

 

Arthêmio ainda ressaltou o potencial de Maracaju na produtividade de grãos, pecuária e também o crescimento no setor sucroenergético,“temos um forte aliado em nossa região que é a Fundação MS, sempre nos ajudando a desenvolver novas tecnologias e aprimorar nossa lavouras, isso nos abre portas para o crescimento e desenvolvimento de novas produtividades. Maracaju com certeza tem tudo para melhorar sua produtividade a cada ano”, afirmou o presidente.

 

Confirmando o crescimento e desenvolvimento de Maracaju no agronegócio nacional, no dia 17 de setembro Maracaju foi à única cidade do estado a sediar um importante seminário sobre Agricultura de Precisão. O evento aconteceu através do Sindicato Rural de Maracaju, Famasul e Sistema Famasul/SENAR, além de Maracaju, o seminário passou por todo o Brasil com o objetivo de desmitificar os conceitos e divulgar as tecnologias da Agricultura de Precisão em diferentes regiões produtoras de todo o país.

 

Safra

 

Com expansão de até 2,7% para 52,2 milhões de hectares, a safra de grãos de 2012/2013 tende a firmar o Brasil como o maior produtor de soja do mundo. Segundo o levantamento, definido pela intenção de plantio da base produtiva, o volume também baterá recorde: até 182,2 milhões de toneladas, correspondentes a uma variação de 10% em relação à safra passada, que rendeu 165,7 milhões de toneladas de grãos.

 

A produção de soja em Mato Grosso do Sul evoluiu 876% nos últimos 30 anos. De 472 mil toneladas do grão na safra de 1977/1978 a última safra contabilizou 4,6 milhões de toneladas. A área plantada partiu de 494 mil hectares, no final na década de 70 para 1,8 milhão de hectares e deve aumentar em 14% na safra de 2012/2013, chegando a 2,1 milhões de hectares. O aumento se dará principalmente sobre áreas de pastagens degradadas.

 

A cidade de Maracaju mantém a liderança de maior polo agrícola de Mato Grosso do Sul.

 

Cana

 

Dados apresentados durante Canasul realizado no mês de outubro em Dourados apontam que o investimento no cultivo da cana traz maior rentabilidade do que a pecuária. Técnicos se baseiam em experiência realizada em Maracaju, a qual demonstrou que uma propriedade rural que destina 18% de sua área para produção de cana e 37% para pecuária, tem 34% do seu rendimento financeiro da cana e 18% na pecuária.

 

O estudo foi realizado em propriedade que também investe no cultivo de soja e milho, culturas que demonstraram lucro equivalente ao investido no plantio. O rendimento dos grãos é proporcional ao investimento do cultivo na área destinada, representando 45% do plantio e 48% do rendimento financeiro da propriedade. Já o cultivo da cana e da pecuária apresentam resultados desproporcionais. Mesmo em uma área menor, a cana obteve rendimento superior, o que comprova que o setor sucroenergético deve avançar principalmente sobre as áreas antes destinadas exclusivamente à pecuária, gerando, também, ganho ambiental com a recuperação do solo degradado.

 

 

Questão Indígena

 

O presidente ainda falou sobre a delicada situação que muitos produtores de Mato Grosso do Sul tem enfrentado referente à questão indígena. “Isso vem preocupando a classe produtora há muito tempo. Estamos solidários aos produtores rurais que estão enfrentando diretamente a esta questão. Nós confiamos muito da nossa Federação da Agricultura e Pecuária de MS – Famasul, que esta a par de toda a situação e com certeza saberá orientar os produtores da melhor forma possível, buscando sempre o direito e interesses da classe sem prejudicar ninguém”, disse Arthêmio Junior.

 

Recentemente durante o 4º Seminário Internacional Açúcar Ético realizado em Dourados, agentes envolvidos com as questões indígenas chegou-se a um consenso de dois importantes pontos, o pagamento pelas terras requisitadas pelos indígenas de Mato Grosso do Sul e a urgência na criação de políticas públicas para atender as necessidades dessas comunidades.

 

O presidente da Famasul, Eduardo Riedel disse que não há contestação sobre a titularidade das terras. Os títulos são todos legais, portanto o produtor tem o direito de receber pela sua propriedade.

 

 

 

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here