IFMS conquista prêmios na edição virtual da Febrace

Projetos dos campi Corumbá, Dourados e Jardim receberam prêmios e credenciamento para eventos nacionais e internacionais

Assessoria de Comunicação do IFMS 

A edição 2021 da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) se encerrou no último sábado, 27, com a cerimônia de premiação. No evento, que reuniu 345 projetos de todo o país, três pesquisas desenvolvidas no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) foram reconhecidas com prêmios e credenciamentos.

Utilizando o formato virtual mais uma vez, os trabalhos – feitos por alunos de ensino fundamental, médio e técnico – foram avaliados por especialistas e pesquisadores de 12 países.

Do Campus Corumbá, o projeto “Resíduo descartado pela siderúrgica de Corumbá-MS como potencial para reaproveitamento na construção civil” ficou em 2° lugar na categoria Engenharias.

Partindo dos problemas ambientais trazidos pelos resíduos industriais, bem como de sua acomodação indevida, a pesquisa se concentrou na produção de uma argamassa convencional típica para chapisco, com substituição parcial do agregado miúdo (areia) pelo pó de balão, resíduo da indústria siderúrgica não integrada a carvão vegetal. Para isso foram realizadas análises de propriedades físicas, mecânicas, químicas e térmicas com o material.

“Concluímos que as argamassas com substituição da areia pelo pó de balão geram materiais com potencial de aplicação na construção civil. Além disso, os resultados mostraram que é possível agregar valor ao pó de balão e minimizar os impactos causados pela siderurgia”, explica a estudante, Manoela Carvalho, autora do trabalho.

Projeto - Corumbá

Projeto sobre reaproveitamento de resíduos de siderurgia se destacou na categoria Engenharias (Foto: divulgação)

Outro projeto premiado foi “Guaruak: uma aplicação web para tradução de línguas indígenas”. Além do 3° lugar na categoria Ciências Sociais e Aplicadas, ele recebeu o Prêmio de Excelência FeNaDante, com direito a certificado digital e credenciamento para participar da 3ª da feira do Colégio Dante Alighieri, que acontece em setembro.

O objetivo é a ampla disponibilização, de maneira interativa, da ferramenta de tradução Guaruak das línguas guarani-nhandeva, guarani-kaiowá e terena para a língua portuguesa e vice-versa. Além de ampliar o processo de inserção de termos da aplicação por meio da interatividade, a ferramenta também poderá ser permanentemente alimentada, de modo a abarcar novos termos e, inclusive, novas línguas.

“Nossa língua nos representa, representa nossa identidade e tradição. A  cultura não deve ser tirada de nós por ninguém, ela deve ser valorizada, ensinada e motivada. Isso passa pela manutenção da língua viva dentro da comunidade. Devemos preservar nossa língua, seja ela kaiowá, nhandeva ou terena”, destaca o estudante, Libni Vasques, um dos autores do trabalho e que pertence a etnia kaiowá.

Projeto - Dourados

Centrado na criação de uma aplicação entre línguas indígenas e o português, Guaruak foi reconhecido na feira (Foto: divulgação)

Outro projeto reconhecido foi “Detecção de doenças e desfolha de soja utilizando redes neurais convolucionais”. Apresentado na categoria Ciências Exatas e da Terra, o trabalho recebeu credencial para o evento internacional Veraño Científico Internacional para Estudiantes Sobresalientes (Vences), que acontecerá em agosto de deste ano, de maneira presencial ou online, a partir de Guadalajara, México.

Levando em consideração a importância do agronegócio para a economia brasileira e as perdas na produção causadas por pragas, o intuito foi criar um bancos de imagens a partir de folhas de soja que apresentam doenças. Assim acontece o monitoramento do nível de desfolha e a tomada de ações preventivas, com base na detecção automática das doenças.

“A detecção das doenças na soja é importante para aumentar a produtividade, além de trazer benefícios aos agricultores que poderão utilizar os defensivos agrícolas na quantidade adequada”, comenta o estudante, Luiz Gustavo Junqueira, um dos autores do trabalho.

Projeto - Jardim

Trabalho sobre detecção de doenças na soja foi selecionado para evento internacional (Foto: divulgação)

Feira – A 19ª edição da Febrace recebeu mais de 277 mil acessos ao longo do evento. O evento, organizado pela Universidade de São Paulo (USP), concedeu mais de 300 prêmios. Os estudantes contemplados nos quatro primeiros lugares de cada categoria receberam certificados, medalhas, troféus, e uma bolsa de Iniciação Científica Júnior (ICJ) do CNPq.

Mais informações estão disponíveis na página da Febrace.

Na edição 2021, mais uma vez o IFMS foi a instituição de ensino do Centro-Oeste com mais projetos selecionados, fato que já tinha acontecido no ano passado. Foram 15 pesquisas desenvolvidas nos campi Campo Grande (3), Coxim (3), Dourados (2), Jardim, Nova Andradina (2), Corumbá, Naviraí, Ponta Porã e Três Lagoas.

Projetos do IFMS premiados na Febrace

Campus Trabalho Autores Reconhecimento
Corumbá Resíduo descartado pela siderúrgica de Corumbá-MS como potencial para reaproveitamento na construção civil Manoela Carvalho, Robson Ribeiro (orientação) e Felipe Oliveira (co-orientação) 2° lugar na categoria Engenharias
Dourados Guaruak: uma aplicação web para tradução de línguas indígenas Andressa Rocha, Isaias Avila, Libni Vasques,  Karina Vicelli (orientadora) e Evandro Falleiros (coorientador) 3° lugar na categoria Ciências Sociais e Aplicadas
Credenciamento para a feira FeNaDante
Jardim Detecção de doenças e desfolha de soja utilizando redes neurais convolucionais  Luiz Gustavo  Junqueira, Pedro Henrique de Labio, Patrik Bressan (orientador) Credenciamento  para o evento internacional Vences, que acontece no México