Pesquisa mostra que 79% dos brasileiros estão consumindo conteúdos digitais produzidos por profissionais em 2023

Somente na plataforma Hotmart, em 2022, mais de 20 milhões de pessoas compraram produtos digitais

Chris Coelho

Aprender uma nova língua, artesanato ou até uma profissão, de onde a pessoa estiver e no horário mais propício para ela. Os cursos on-line tiveram grande boom na pandemia e ganharam os gostos dos brasileiros. Uma pesquisa realizada pela Hotmart, empresa global de tecnologia e líder em negócios digitaisa maior plataforma de cursos on-line da América Latina, junto à Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getulio Vargas (FGV ECMI), mostrou que 79% dos brasileiros estão consumindo algum conteúdo produzido por criadores de conteúdo e influenciadores digitais em 2023.

A pesquisa mostrou também que, somente em 2022, o número de compradores de produtos digitais do mercado brasileiro ultrapassou 20 milhões de pessoas. Desses, mais de 60% já tinham adquirido um produto digital antes. A pesquisa E-commerce Trends 2024 reforça esse comportamento crescente de consumidores no mercado de negócios digitais e, especificamente, de infoprodutos, mostrando que 28% dos entrevistados afirmam que compraram cursos, capacitações e consultorias online nos últimos seis meses. Apenas essa categoria de “cursos, capacitações e consultorias” aumentou 18 pontos percentuais na comparação entre 2022 e 2023.

Uma delas é Rafaela Lomanco, que está fazendo três cursos on-line concomitantemente: um sobre espiritualidade, outro sobre autoconhecimento, e um profissional. “A comodidade e o custo-benefício de se fazer cursos on-line são muito maiores. Os cursos que estou fazendo são todos de fora de Nova Friburgo, onde moro. Se não tivessem on-line, eu teria que me deslocar, pagar transporte, hospedagem e refeições e gastando muito mais. Além disso, tem a comodidade de fazer em casa, na hora que eu tenho disponibilidade. Eu comecei na pandemia e, com certeza, continuarei a consumir os cursos on-line”, explicou ela.

Vendas dos criadores de conteúdos ultrapassa R$30 bilhões

E, a busca pelo ensino à distância se reflete nas vendas dos criadores de conteúdos. Nesse ano de 2023, o valor total das vendas deles na plataforma Hotmart ultrapassou, em nível mundial, R$ 30 bilhões, desde a fundação da empresa em 2011.

Entre eles está Jorge Henrique, do curso “Inglês sem Neura”. O professor de Inglês com especialização em linguística, Jorge Henrique Alves está chegando aos R$20 milhões em vendas do curso Inglês sem Neura, dobrando seu faturamento nesse ano de 2023. Ele é o campeão em vendas de cursos de inglês, em épocas de abertura de novas turmas e está entre os 100 mais vendidos de todos os cursos da Hotmart durante todo o ano. Esse número é surpreendente porque a maior plataforma de cursos on-line da América Latina tem, hoje, mais de 580 mil produtos digitais registrados hospedados.

O segredo de todo esse sucesso alcançado pelo jovem empreendedor digital, que fez o primeiro lançamento em 2016, está, não só na sua metodologia revolucionária e inovadora, que torna o aprendizado do inglês acessível e divertido, mas também na honestidade com que lida com as dificuldades dos alunos, sem criar falsas expectativas ou fórmulas mágicas.

“Nesse caminho digital, onde uma verdadeira guerra acontece para que a venda se realize, fazer da honestidade um pilar é um ato de coragem e confiança no próprio produto”, enfoca o professor Jorge Henrique.

Não à toa que, com mais de dez mil alunos, o Inglês sem Neura é o curso de inglês com maior pontuação pública. Na Hotmart, a pontuação máxima é 5.0 e o Inglês sem Neura tem 4.8. Mais que um influenciador digital desses que costumamos ver na internet fazendo publicidade de marcas e/ou produtos que os contratam, Jorge Henrique é o garoto propaganda do seu próprio produto.

“Eu aprendi que para cada mídia social, há uma linguagem e trabalho para cada uma, de acordo com seu perfil. Assim, entrego conteúdo, mostrando o que de fato eu sei fazer: ensinar inglês de modo lógico, científico e com muito bom humor, falando a mesma língua do público que utiliza essas redes sociais”, explica Jorge Henrique.