Trabalhadores e sindicalistas de MS nas ruas em protesto à reforma da Previdência

Wilson Aquino

Trabalhadores e sindicalistas de Mato Grosso do Sul promoveram diversas manifestações desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira em Campo Grande, em protesto contra a ameaça de reforma da Previdência Social. Manifestações semelhantes ocorreram também em todo País, inclusive em Brasília. Na UFMS houve paralisação parcial de servidores, que desde as 6h30 da manhã começaram um trabalho de panfletagem na entrada do campus, procurando conscientizar as pessoas sobre o perigo que essa reforma representa para trabalhadores tanto da iniciativa pública como privada de todo o país.

“As pessoas precisam tomar conhecimento e engrossar a luta contra essa reforma que é, de fato, enormemente prejudicial para os trabalhadores brasileiros”, esclarece Cleo Gomes, coordenadora geral do SISTA-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Institutos Federais de Ensino de MS), presente na panfletagem.

Por volta das 8h, os manifestantes da UFMS seguiram para o prédio do INSS, no centro de Campo Grande, onde somaram força com outros sindicatos, federações e centrais sindicais, que usaram carro de som para divulgar os objetivos do protesto e pedir o apoio e participação da opinião pública.

No local, em frente ao INSS da Rua 26 de Agosto, esquina com a Rua 14 de Julho, esteve presente o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), que tem se manifestado contra a reforma da Previdência Social, por também entender que ela é prejudicial aos trabalhadores brasileiros. Apareceram por lá também, vereadores e ex-deputados.

Além de Cleo Gomes, estiveram presentes nas manifestações os seguintes coordenadores do SISTA-MS: Waldevino Mateus Basílio, Edson Rodrigues Barbosa, Nivalci Barbosa de Oliveira, Ana dos Santos Vieira, Euclydes José de Oliveira Júnior, Adilson da costa Oliveira, Ana Maria da Silva, Juarez Rodrigues Ferreira, Emídio Carlos da Silva de Oliveira e Diana Patrícia Passos.

Antônio César Amaral Medina, coordenador jurídico do Sindjufe-MS (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e Ministério Público da União), que participou da manifestação do SISTA-MS na UFMS e que segui também para frente do INSS, disse que o “recado” dos trabalhadores e sindicalistas de todo o Brasil foi dado principalmente aos parlamentares (deputados federais e senadores) de Brasília, sobre a opinião pública brasileira sobre a reforma previdenciária. “Nesse ano eleitoral, quem se voltar contra os interesses dos trabalhadores, dificilmente voltará a ocupar uma cadeira no parlamento a partir do ano que vem. Daremos o troco a cada um que votar pela reforma, nas urnas dia 7 de outubro”, afirmou o sindicalista.

NACIONAL – As manifestações foram intensas em diversos estados brasileiros. Em São Paulo, por exemplo, a greve geral desta segunda-feira afetou o transporte coletivo e bancos. Houve paralisações de motoristas de ônibus em Santo André e em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

Na capital paulista está previsto para as 16 um ato na Avenida Paulista, em frente ao vão livre do Masp. A manifestação foi convocada pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Em Brasília os manifestantes contrários à reforma da Previdência foram ao aeroporto recepcionar os parlamentares. O mesmo ato ocorreu em outros aeroportos como Santos Dumont, no Rio de Janeiro, os de Porto Alegre e Salvador, onde o alvo foram os deputados que regressaram de seus estados para votar a intervenção militar no Rio de Janeiro. Em Brasília está marcado outro ato para as 17h no Museu Nacional.