Mudança no curso de medicina pegou de surpresa as universidades

A mudança de seis anos para oito anos no curso de medicina surpreendeu o meio acadêmico.
“Realmente não estávamos sabendo”, disse a diretora de graduação da PUC-RS, Valderez Lima. A medida, porém, foi avaliada como positiva pela diretora. “Os currículos são uma estrutura viva que devem atender as demandas sociais”, diz.A USP afirmou, via assessoria de imprensa, que terá uma posição oficial após discutir o tema.
UFRJ (Universidades federais como a do Rio de Janeiro) e a UFMG (de Minas Gerais) também anunciaram que não comentariam o caso antes de ver a publicação da medida provisória.
Para Gustavo Balduino, secretário-executivo da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), haverá tempo para uma discussão com as entidades antes de a medida entrar em vigor em 2015. Apesar de ter sido surpreendido, a ideia é positiva.
“Quem faz a demanda de médicos especialistas é o mercado. O médico se forma onde tem emprego, e não onde a doença está”, diz.
Supervisão
Carlos Vogt, especialista em ensino superior e ex-reitor da Unicamp, também viu a mudança com bons olhos.
“Como medida social é muito bom. As universidades são autônomas, mas não são soberanas”, diz.
Para Vanessa Truda, presidente do Comitê de Acadêmicos da Associação Paulista de Medicina, a medida precisa ser bem discutida, pois “não há médicos para supervisionar os alunos”.
O cardiologista Sergio Timerman, diretor nacional das escolas médicas da Laureate Brasil, concorda: “O projeto poderá ser uma boa solução se houver boa supervisão”. 
Editoria de Arte/Folhapress

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